segunda-feira, 22 de julho de 2013
LIÇÃO 04 – JESUS, O MODELO IDEAL DE HUMILDADE - 3º TRIMESTRE 2013
Igreja Evangélica Assembleia de
Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas
Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José
Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone:
3084 1524
LIÇÃO 04 – JESUS, O MODELO IDEAL
DE HUMILDADE - 3º TRIMESTRE 2013
(Fp 2.5-11)
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, veremos que Jesus é o nosso maior exemplo de humildade, pois, mesmo
sendo Deus, suportou a humilhação de se tornar homem; e, como homem, tornar-se
servo; e, como servo, ser obediente até à morte, e morte de cruz, a mais
terrível, dolorosa e vergonhosa maneira de morrer na antiguidade. Mas a Bíblia
diz que diante da honra vai a humildade (Pv 15.33). O Jesus que chegou ao grau
mais profundo de humilhação, foi também elevado às maiores de todas as alturas
(Fp 2.9-11).
I
– DEFINIÇÃO DE HUMILDADE
Segundo
o dicionário Aurélio, humildade significa “ausência
completa de orgulho, rebaixamento voluntário por um sentimento de fraqueza ou
respeito; praticar a humildade, modéstia, pobreza”.
Percebamos que a humildade diz respeito a ausência de orgulho ou soberba.
Apesar de ser o próprio Deus, Rei dos reis e Senhor dos senhores, Jesus abriu mão
de suas prerrogativas divinas para tornar-se um homem simples e humilde,
limitado pelo tempo e espaço. Segundo esta definição, a humildade ainda está
relacionada a um rebaixamento voluntário. Quando se fez homem e morreu numa cruz,
Jesus o fez porque o quis, e tal voluntariedade nasceu do seu grande amor com
que nos amou (Mt 26.53; II Co 5.14,15; Ef 2.4). Tal amor o levou às mais
extremas e humilhantes consequências, mesmo sendo ele Senhor e Deus.
II
– O FILHO DIVINO PRÉ-ENCARNADO
Sabemos,
sem sombra de dúvida, que Jesus é Deus. Sendo Ele Deus, é, por conseguinte,
eterno. Sendo ele eterno, existia antes mesmo do seu nascimento humano (Jo 1.1;
8.58; Cl 1.17).
2.1
A divindade de Cristo. Em Fp 2.6 está escrito: “...que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus”.
O texto está claro, afirmando que Jesus é igual Deus. Vários textos na Bíblia
Sagrada atestam inequivocamente a divindade de Jesus. O próprio Pai celestial
testemunhou da sua divindade (Hb 1.8). Além disso, vemos os anjos declarando o
mesmo (Mt 1.23; Lc 2.11); o próprio Jesus sabia que era Deus (Mc 14.61,62).
Quando chamava Deus de “meu Pai”, o que no pensamento judaico representava uma
blasfêmia, Jesus estava se colocando como Deus. Prova disso é que os judeus
tentavam apedrejá-lo quando fazia uso desta expressão (Jo 5.18,19). Vários
outros textos afirmam a divindade de Jesus (Mt 28.9-17; Lc 4.35,36; 22.10-12;
Jo 4.29; 8.24, 28, 58; Hb 13.8; Ap 22.13).
2.2
Um sentimento sublime. Em Fp 2.5 está escrito: “De
sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.
Como já vimos, Jesus é Deus. Um dos atributos exclusivos da divindade é a
onipresença. Na realidade, a onipresença de Deus é consequência da sua
imensidão. Ele é tão grande que a sua glória permeia a terra e todos os céus (I
Rs 8.27; Jr 23.24). O que, então, seria capaz de levar o grandiosíssimo Deus a
se auto limitar e se tornar tão pequeno, ao ponto de caber no ventre de uma
mulher? Certamente o seu imensurável amor o levou a se submeter à tamanha
humilhação. Portanto, a expressão de (Fp 2.5) é muito forte, pois o mesmo
sentimento que levou o Cristo a se humilhar, tornando-se um simples homem, deve
também estar em nossos corações, e devemos manifestá-lo ao próximo (Mt 11.29;
Jo 13.16,17).
III
– O ESTADO TEMPORAL DE CRISTO
Quando
falamos em estado temporal de Cristo, estamos nos referindo à sua condição como
homem; estamos falando do Cristo (título divino) que se tornou Jesus (nome
humano); do Deus eterno e onipresente que se limitou ao tempo e ao espaço.
3.1
“Aniquilou-se a si mesmo” (Fp 2.7-a). Entendemos que Jesus, ainda no seu
estado pré-encarnado, decidiu “aniquilar-se a si mesmo” (Ap
13.8). O termo grego utilizado pelo apóstolo Paulo, traduzido por “aniquilar-se”
é kenoo, que significa “esvaziar,
humilhar, neutralizar, anular, despir-se de uma dignidade justa, descendo a uma
condição inferior”. Foi exatamente isso que Cristo fez
por nós: despiu-se temporariamente de suas prerrogativas divinas para se tornar
um verdadeiro homem. Convém ressaltar que não estamos afirmando, com isso, que
Jesus é metade Deus e metade homem. Ele é o perfeito homem Jesus Cristo (1 Tm
2.5), e o perfeito Deus em toda a plenitude “...porque
nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl
2.9). Afirmamos isso por causa dos equivocados teólogos quenóticos, adeptos do
Kenoticismo. A doutrina kenótica diz que Jesus não era Deus quando esteve aqui
na Terra. Afirmam isso, por interpretarem erroneamente, em (Fp 2.7), o termo “aniquilou-se”,
ou “esvaziou-se”,
concernente a Cristo. Esse “esvaziamento”,
porém, NÃO É DE SUA DIVINDADE, MAS
DE SUA GLÓRIA. Sem tal esvaziamento, Cristo não se humanizaria,
e sem a humanização de Cristo não haveria a redenção humana (I Tm 2.5).
3.2
“Humilhou-se a si mesmo” (Fp 2.8-a). O termo grego para “humilhar-se”
é tapeinoo,
que significa “humilhar, abater, tornar-se
de condição inferior, tornar-se pobre e necessitado, ser exposto à vergonha”.
A humildade de Cristo é demonstrada pelo fato dele ter se colocado numa posição
infinitamente inferior à Sua, ao ponto de ser envergonhado e maltratado pelos
homens, sem, no entanto, desistir de sua missão (Is 53.7; Mt 26.62-64; Gl
3.13). Se o crente tomar esta mesma postura, muitos problemas de ordem
interpessoal serão evitados. Cristo é o nosso maior exemplo de humildade.
3.3
“Obediente até a morte e morte de cruz” (Fp 2.8-b). A
humildade de Cristo chega ao seu ponto mais alto, quando, além de ter se
humanizado, ele subiu à cruz do Calvário. A sua obediência irrestrita ao Pai
celestial o fez caminhar para o matadouro como uma ovelha muda (Is 53.7). Foge
à compreensão humana a não reação de Cristo diante de seus algozes, afinal de
contas, era o próprio Deus que estava ali. A humildade de Cristo o levou a
sofrer as mais terríveis afrontas sem, entretanto, reagir (Mt 26.66-68;
27.28-35). Tal amor e humildade devem pairar em nossos corações (Mt 5.43-45; Rm
12.20; I Co 6.7). É verdade que na condição humana ele sentiu certa repulsa e
temor da cruz, mas ele abriu mão de sua vontade para que a vontade do Pai se
cumprisse nele (Mt 26.36-46). Isso nos deixa uma lição preciosa, pois a vontade
de Deus deverá sempre prevalecer sobre a nossa (Mt 6.10; Gl 2.19,20).
IV
– A EXALTAÇÃO DE CRISTO
Há
um princípio espiritual interessante exposto pelo sábio Salomão em (Pv 15.33),
que diz: “O temor do Senhor é a
instrução da sabedoria, e precedendo a honra vai a humildade”.
Enquanto a soberba precede a queda, aquele que se humilhar diante de Deus será
por ele exaltado (Pv 16.18; Mt 23.12). Jesus desceu ao ponto mais baixo da
humilhação ao sofrer o mais doloroso e vergonhoso tipo de morte da sua época, a
morte na cruz (Gl 3.13), porém foi elevado às maiores alturas por causa do
êxito de sua missão aqui na terra.
4.1
“Pelo que Deus o exaltou soberanamente” (Fp 2.9-a). A
exaltação ocorre como consequência da humilhação (Tg 4.6). Após humilhar-se a
si mesmo, Jesus foi grandemente exaltado pelo Pai celestial. O termo utilizado
por Paulo é uperupsoo,
que significa “elevar às mais elevadas
alturas, exaltar excelsamente, exaltar supremamente”.
Outro texto que demonstra não haver um nome e nem alguém tão elevado quanto
Cristo é (Ef 1.19-23). Todos deverão reconhecer o seu senhorio e sua posição
como “cabeça” (Ef
1.22,23). Jesus subiu ao céu, assumindo novamente sua posição de glória e assentando-se
à destra de Deus (Rm 8.34; Cl 3.1). Ele é o Senhor dos vivos e dos mortos,
tanto na terra quanto no céu e no Hades (Rm 14.9; I Co 15.25; Fp 2.9,10). Se o
crente for humilde, também haverá de ser exaltado pelo Senhor (Mt 23.12; Lc
14.11; 18.14; Rm 8.30; I Pe 5.6).
4.2
“Nome sobre todo nome” (Fp 2.9-b). O nome geralmente simboliza a pessoa, o
indivíduo, seu ser, sua natureza e atributos. O nome de Jesus se tornou a
principal autoridade, superior a todo e qualquer nome que possa ser mencionado agora
e na eternidade (Ef 1.19-21). Havia uma prática antiga de conferir novos nomes
às pessoas que obtinham vitórias importantes ou que passavam por grandes
crises. Vemos alguns exemplos bíblicos como Abraão (Gn 17.5) e Jacó (Gn 32.28).
Jesus, o Cristo, recebeu por nome eterno o título de “Senhor”
(Rm 1.4; Ap 19.16). O crente que se mantiver fiel até o fim
haverá de entrar num estado eterno de glória e receberá um novo nome (Ap 2.17;
3.12).
4.3
“Todo joelho se dobrará e toda língua confessará” (Fp 2.10,11) . Quando
a Bíblia diz que todo joelho se dobrará, está fazendo menção de um ato de
adoração e reconhecimento do senhorio de Cristo. (1)
Isso ocorrerá nos céus (Ef 1.20;Hb 2.8; Ap 5.13); (2)
Na terra (Dn 2.34,35; 4.34-37; 6.26; I Co 15.24); (3)
Debaixo da terra, isto é, será reconhecido poraqueles que já
morreram (Rm 14.8,9).
CONCLUSÃO
De
fato, Jesus é o nosso maior exemplo de humildade. Deixar o trono pela cruz foi
a maior e mais sublime expressão de amor e humildade de todos os tempos. Como
pôde o próprio Deus vestir-se deste tabernáculo humano e submeter-se aos mais
terríveis insultos e constrangimentos, e isso sem fazer uso de sua autoridade e
prerrogativas? Jesus expirou na cruz, mas ao terceiro dia ressuscitou, subiu ao
céu, cercou-se novamente de sua gloria, assentou-se à destra de Deus e reina
sobre tudo e todos, pois é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e todos se
dobrarão ante a sua majestade.
REFERÊNCIAS
· STAMPS, Donaldo C. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD.
· Bíblia de Estudo Palavras-Chave. CPAD.
· CHAMPLIN, R. N. O
Novo Testamento Interpretado Vers. por Vers;
HAGNOS.
· BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática;
CPAD
domingo, 21 de julho de 2013
LIÇÃO 03 – O COMPORTAMENTO DOS SALVOS EM CRISTO - 3º TRIMESTRE 2013
Igreja Evangélica Assembleia de
Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas
Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José
Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone:
3084 1524
LIÇÃO 03 – O COMPORTAMENTO DOS
SALVOS EM CRISTO - 3º TRIMESTRE 2013
(Fp 1.27-30; 2.1-4)
INTRODUÇÃO
Nesta
lição estudaremos as características comportamentais de uma cidadão do céu;
veremos também qual deve ser a atitude do crente ante uma posição oposta a sua
fé; analisaremos ainda qual deve ser a postura de um crente neste mundo tão
hostil, maligno e distante de Deus. Faremos uma abordagem analítica de alguns
versículos da carta aos filipenses contextualizando com nossos dias; e por fim,
uma abordagem sobre os objetivos do testemunho e da conduta cristã.
I
– DEFINIÇÕES
O
Aurélio define comportamento como: “conjunto de atitudes e
reações do indivíduo em face do meio social”. A
palavra testemunho que é um termo equivalente é oriunda do termo grego “marturion”.
O Testemunho cristão referese ao comportamento e as atitudes
dos servos de Deus, de acordo com o modelo bíblico (Mt 5.13-16). É dever de
todo cristão, ter uma vida íntegra, independente do modelo e dos padrões da
sociedade moderna (Fp 2.15; Ml 3.18; II Rs 4.9; I Tm 4.12).
II
- O COMPORTAMENTO DOS CIDADÃOS DO CÉU (Fp. 1.27)
A
notícia que Paulo desejava ouvir é a de que os filipenses “permanecessem
firmes”, (Fp. 1.27-30) sem ceder terreno, unidos num só propósito
como se fossem um só espírito, ou uma só “alma” (mente), “combatendo
juntamente pela fé do evangelho” (Fp. 1.27). Vejamos o significado de
algumas palavras do capítulo 1 versículo 27 da carta de Paulo aos filipenses:
2.1
“portar-se” (Fp 1.27-a). A palavra “portar-se” que melhor
traduzida de acordo com o contexto se refere ao comportamento de um cidadão.
Portanto, como “cidadãos dos céus” os cristãos devem conduzir-se de um modo
digno do evangelho.
Esse
modo digno de conduzir-se implica agir com firmeza e equilíbrio na vida cristã
cotidiana.“somente deveis portar- vos
dignamente conforme o evangelho de Cristo”.
Paulo lembra nessa exortação o fato de que eles deveriam saber como viver numa
sociedade comprometida com a cidadania imperial romana (Fp 2.15), sem se
esquecer de que eles tinham
uma
cidadania celestial, cujo Rei era o Senhor Jesus Cristo. “Mas
a nossa cidade está nos céus” (Fp. 3.20). O apóstolo apela para a
conduta cristã que os filipenses deveriam ter em relação à vida da cidade
política e social de Filipos.
2.2
“dignamente” (Fp 1.27-a). Esta palavra aparece no texto grego do
NT como “axios” e
é usada por Paulo em outras cartas (Ef 4.1; Cl 1.10; 1Ts 2.12). A palavra “axios”
sugere, na sua etimologia, a figura de uma balança de dois
pratos em que o fiel da balança determina a medida exata daquilo que está no
prato. O valor ou dignidade é achado quando o fiel da balança fica na posição
vertical central. Os pratos da balança que ficam em posição horizontal precisam
ter o mesmo peso para equilibrar o fiel da balança. O cristão precisa ter uma
vida equilibrada com o fiel da balança que é a vontade so - berana de Deus para
a sua vida.
2.3
“conforme o evangelho de Cristo” (Fp 1.27-b). Do
mesmo modo como cada cidadão romano tinha que viver conforme as leis do Império
Romano, os cristãos deveriam viver de modo digno do evangelho, sem ofender a
lei terrena, mas nunca negando a salvação recebida de Cristo Jesus. Por isso,
um cidadão consciente sabia que deveria sempre respeitar as leis do império
para ter privilégios de cidadãos (Rm 13.1-7). Do mesmo modo, o cristão devia
comportar-se como cida - dão dos céus, porque sua nova pátria é o Reino de
Deus. Mais à frente, Paulo identifica bem esse novo estado de vida do cristão
quando diz: “Mas a nossa cidade está nos
céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”
(Fp
3.20). O cristão deve, portanto, comportar-se de forma digna dessa cidadania (2
Co 5.17; Fp 4.3; 1 Ts 2.12).
2.4
“quer vá e vos veja, quer esteja ausente” (Fp 1.27-c). No
caso de ser solto da prisão, Paulo planejava visitar aos crentes de Filipos; e
ainda que assim não sucedesse, desejava receber confirmação de que estavam
andando “dignamente”.
Se
porventura as circunstâncias se tomassem adversas para o apóstolo, e ele
tivesse de continuar aprisionado, queria ouvir falar do “andar” digno daqueles
crentes, mesmo que não pudesse vê-los pessoalmente.
2.5
“que estais firmes” (Fp 1.27-c). Essa expressão pode ser comparada com o
trecho de (Ef 6.11,13), onde o mesmo vocábulo grego é empregado, e onde o
soldado cristão recebe ordem de resistir ao inimigo, sem retroceder, fazendo
frente aos seus ataques e conquistando assim a vitória. (II Ts 2.15).
2.6
“em um só espírito” (Fp 1.27-c). Indiscutivelmente, a unidade no seio da
igreja cristã, vem através da influência da residência do Espírito nos crentes,
porquanto ele é o unificador e o fortalecedor da Igreja de Cristo.
III
- OBJETIVOS DO TESTEMUNHO CRISTÃO
Podemos
enumerar, pelo menos três objetivos do testemunho cristão. Vejamos:
· Demonstrar
à sociedade que somos novas criaturas. Não há nenhum erro em
tornar conhecidas a mudanças realizadas em nós, por intermédio da ação do
Espírito Santo, desde que o objetivo não seja a auto glorificação.
Através
do testemunho cristão, o crente demonstra à sociedade que já não é mais o
mesmo, e que sua vida foi transformada, tornando-se numa nova criatura (Rm 8.1;
II Co 5.17);
· Evangelizar.
Através do seu testemunho pessoal o cristão também
evangeliza (ITm 4.16). Sua própria vida já é um testemunho vivo do poder de
Deus. Se demonstrarmos um bom testemunho diário, estaremos propagando, com
eficácia, o poder do Evangelho que é o poder de Deus para salvação de todo
aquele que crê, conforme (Rm 1.16);
· Glorificar
a Deus. Ninguém pode duvidar que, através do testemunho cristão, os
homens podem glorificar a Deus. Jesus disse: “Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mt
5.16).
IV
- A CONDUTA DO CRENTE NO MUNDO
Para
ilustrar a importância da conduta cristã, o Senhor Jesus utilizou-se de dois
elementos comuns aos ouvintes: o sal e a luz. A ilustração do sal fala do nosso
caráter; a luz fala da nossa conduta. Cristo falou primeiro do sal da terra e depois
da luz do mundo. Assim o caráter precede o testemunho. Vejamos algumas lições
práticas que podemos extrair desses dois elementos:
· O
sal é preservador. Ele conserva e preserva; daí ser figura
da pureza. Sua cor alva também fala disso. Ele evita a deterioração.
· O
sal produz sede. É a multidão perguntando aos apóstolos:
"Que faremos varões irmãos?" (At
2.37). É o
carcereiro
de Filipos clamando: "Senhores! Que é
necessário que eu faça para me salvar?" (At
16.31). São as multidões à procura de Jesus (Mt 4.25; 8.1; 12.15; 14.14). O
crente, como sal, cria sede espiritual nos outros, e, como luz, conduz as
pessoas Àquele que é a fonte da salvação.
· O
sal é invisível quando em ação. O sal, antes de ser aplicado, é
visível, mas ao começar a agir, temperando, preservando torna-se invisível. O
sal, age invisivelmente, mas sua ação é claramente sentida.
· O
cristão como luz do mundo. Diferente do sal, que não é visto em
ação, a luz só tem valor quando é percebida. A ausência da luz permite que a
escuridão prevaleça. Mas, quando a luz chega, as trevas desaparecem.
· A
luz precisa ser alimentada. A luz que iluminava as casas nos tempos
de Jesus era de lamparina, alimentada através de um pavio mergulhado em azeite.
O tipo de material da lâmpada variava, mas o combustível era um só: o azeite. O
mesmo ocorre ao verdadeiro cristão. Ele depende sempre do óleo do Espírito
Santo para difundir a luz de Cristo e a luz do Evangelho (Mt 25.3,4).
· A
luz não se mistura. Mesmo que ela ilumine lixo, sujeira,
lamaçal, etc, ela não se contamina. Assim deve ser o crente: viver neste mundo
tenebroso à difundir a luz de Cristo, sem se contaminar com o pecado e as obras
infrutuosas das trevas (Mt 5.16; Fp. 2.15).
V
- A ATITUDE DO CRISTÃO NO MUNDO
A
palavra de Deus, como “regra de fé e prática” do cristão, descreve os
princípios divinos que direcionam e guiam a vida do cristão, independente de
sua cultura, status, época, etc. (Sl 119.9,11,105; Jo 17.17). Vejamos, então,
na Palavra de Deus, a atitude cristã neste mundo:
· Não
devemos nos conformar com o mundo (Rm 12.2). A expressão “não vos
conformeis” tem o sentido de “não tomar a forma” ou “não ser igual”. Em outras
palavras, o apóstolo Paulo estava dizendo: “não queira ser igual ao mundo”. O
cristão deve reconhecer que o presente sistema mundano é mau (At 2.40; Gl 1.4)
e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; I Jo 5.19).
· Não
devemos ser amigos do mundo (Tg 4.4). Ser amigo do mundo significa acatar e
aceitar os pecados, valores e prazeres mundanos. Por isso, Deus não aceita tal
amizade (Mt 6.24; I Jo 5.19).
· Devemos
vencer o mundo. Todo cristão
enfrenta, no seu dia-a-dia, três grandes inimigos: o diabo (I Pe 5.8), a carne
(Gl 5.17) e o mundo (I Jo 5.4); que tentam deter sua jornada espiritual e distanciá-lo
de Deus.
CONCLUSÃO
Concluímos
que o comportamento dos salvos em Cristo, deve ser de forma digna conforme o
evangelho do Senhor Jesus, portando-se de tal forma que os incrédulos vejam a
luz do evangelho e conheçam a salvação através de Cristo Jesus (Mt 5.13-16) e
glorifiquem o vosso Pai que está nos céus, pois os salvos foram foram chamados
para salgarem e serem luz em todas as esferas da vida, onde quer que eles
estejam.
REFERÊNCIAS
· ARRINGTON,
French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal.
CPAD.
· CHAMPLIN,
Russell Norman. Dicionário de Bíblia, Teologia e
Filosofia. HAGNOS.
· CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado
versículo por versículo. HAGNOS.
· STAMPS,
Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
· VINE, W.E, et al. Dicionário
Vine: o significado exegético e expositivo das palavras do AT e do NT. CPAD.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
LIÇÃO 02 – ESPERANÇA EM MEIO À ADVERSIDADE - 3º TRIMESTRE 2013 (Fp 1.12-21)
Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone:
3084 1524
LIÇÃO 02 – ESPERANÇA EM MEIO À
ADVERSIDADE - 3º TRIMESTRE 2013
(Fp 1.12-21)
INTRODUÇÃO
Paulo escreveu a epístola aos Filipenses quando estava preso
em Roma. Porém, não lemos nesta carta o apóstolo queixando-se do sofrimento,
nem lamentando a sua prisão. Pelo contrário, ele externa constantemente a sua
alegria, mesmo em meio a adversidade, e também declara que a sua prisão serviu
de benefício para o evangelho. Seu exemplo nos ensina que devemos aproveitar as
oportunidades para pregar o evangelho, mesmo nos momentos mais difíceis da
vida. Nesta lição, veremos a definição de esperança e adversidade; como as
adversidades de Paulo contribuíram para a expansão do evangelho; as motivações
para pregar as boas novas; e a esperança de Paulo em meio a adversidade.
I - DEFINIÇÕES
1.1 Esperança. Aurélio
define esperança como “o ato ou efeito de esperar o que
se deseja”, “expectativa”, “fé em conseguir o que se deseja”. Esperança é uma das virtudes cristãs, através da qual o
crente é motivado a crer no impossível. É a certeza de receber as promessas
feitas por Deus através de Cristo Jesus (Rm 15.13; Hb 11.1) e uma sólida
confiança em Deus (Sl 33.21,22). O termo deriva-se do grego “elpis” e
significa “expectativa favorável e confiante”
(Rm 8.24,25).
1.2 Adversidade. De
acordo com Aurélio, adversidade é o mesmo que “contrariedade”, “infortúnio”, “aborrecimento”, “infelicidade” ou “revés”. O termo hebraico é “hovah”
que também pode ser traduzido por “ruína” e “desastre” (Sl 10.6;
27.5; 35.15; 90.15; 107.39; Pv 27.10; Ec 7.14). O termo grego é “kakopatheõ” que quer dizer: “sofrimento”, “adversidade” ou “padecer” (2Tm 1.8; 2.9; 4.5; Tg 5.13).
II – AS ADVERSIDADES E A EXPANSÃO DO EVANGELHO
Escrevendo aos filipenses, o apóstolo Paulo diz que as
coisas que lhe aconteceram, contribuíram
para maior proveito do evangelho.
Vejamos, então, alguns bons resultados de sua prisão:
2.1 “...
as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho” (Fp 1.12). A
expressão “... as coisas que me
aconteceram” dizem respeito a sua prisão em Roma (Fp
1.7,13,14). Conforme a narração de Lucas, a prisão de Paulo lhe permitia uma
certa liberdade. Ele podia receber visitas, pregar o evangelho, ensinar a
Palavra de Deus e também escrever cartas às igrejas, como escreveu as epístolas
de prisão, que são: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon (At 28.30,31).
2.2 “...
as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda guarda pretoriana e por
todos os demais lugares” (Fp
1.13).
A guarda pretoriana, também chamada de guarda imperial, era
composta de um grupo de soldados especiais, uma espécie de “tropa de elite” que
guardavam não só o imperador, mas, também, os prisioneiros romanos. Com
certeza, os soldados daquela guarda puderam ouvir a mensagem do evangelho por
intermédio de Paulo. Quanto a expressão“demais
lugares”, possivelmente, refere-se as pessoas
que, mesmo estando distantes, procuraram ouvir as palavras daquele prisioneiro
de Cristo.
2.3 “E
muitos dos irmãos... ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor” (Fp 1.14). Vemos
nesse texto um verdadeiro paradoxo, ou seja, um fato contrário ao comum. Em vez
de os irmãos se sentirem ameaçados ou amedrontados com a prisão de Paulo, e
deixarem de pregar a Cristo, eles se sentiram ainda mais motivados para
anunciar o evangelho. Sem dúvida, foi a ação do Espírito Santo na vida dos
cristãos que lhes deu condições de levar as boas novas de salvação sem temer as
perseguições. Há inúmeros exemplos na Bíblia de servos de Deus que pregaram com
ousadia, mesmo em meio às ameaças, tais como: Pedro e João (At 4.21-24); os
apóstolos (At 5.40-42); Estêvão (At 7.58-60); e Paulo (At 21.13; II Co
11.24-33).
III – MOTIVAÇÕES PARA PREGAR O EVANGELHO
Em (Fp 1.15-17) o apóstolo Paulo menciona dois tipos de
motivações para pregar o evangelho e externa também o seu regozijo pelo fato de
Cristo estar sendo anunciado. Vejamos:
3.1 Motivações incorretas. Paulo faz menção a um grupo de cristãos que pregavam o
evangelho por “inveja e porfia” (Fp 1.15) e outros por “contenção”
(Fp 1.17); ou seja, àqueles que
pregavam, não por amor a Cristo, e nem por amor as almas; mas, por ciúme,
contenda e rivalidade. Sem dúvida, não era esta a atitude que Cristo, e o
próprio apóstolo, esperava dos servos de Deus, principalmente, para os
anunciadores das boas novas (Rm 13.13; I Co 3.3; Gl 5.20,21; II Co 12.20; Ef
5.18; Fp 2.3,14).
3.2 Motivações corretas. Paulo menciona também àqueles que pregavam “de boa mente” (Fp 1.15), ou seja, de boa vontade; e outros “por amor” (Fp
1.16); que são as principais motivações para pregar o evangelho. A Bíblia
descreve a evangelização como (1)
um mandamento (Mt 28.19,20; Mc
16.15-18; I Pe 2.9); (2) uma obrigação (Rm 1.14; I Co 9.16); (3) um dever
de todo crente (Mt 10.8; 14.16); mas, também, como (4) um
privilégio, pois somos cooperadores de Cristo, e seus embaixadores (Mc 16.20; I
Co 3.9; II Co 5.19,20).
3.3 O regozijo de Paulo. Depois de descrever as motivações pelas quais Cristo estava
sendo pregado, o apóstolo diz: “Mas,
que importa? Contanto que Cristo seja anunciado... nisto me regozijo e me
regozijarei ainda” (Fp 1.18). Com isto,
Paulo não estava concordando com as falsas motivações, mas, afirmando que o
mais importante era que o evangelho pudesse ser pregado.
Vejamos, então, alguns motivos para pregar o evangelho: (1) porque a
humanidade está perdida (Rm 3.23; 6.23); (2)
por amor ao próximo (At 20.19-24; Fp
1.16); (3) porque somente Jesus pode salvar (Jo 14.6; At 4.12; I Tm
2.5); (4) por causa da nossa responsabilidade (Rm 10.13-15); e (5) por obediência
a Cristo (Mt 28.18-20; Mc 16.15; At 1.8).
IV - MOTIVAÇÕES DE PAULO PARA PREGAR O EVANGELHO
Em suas cartas, o apóstolo Paulo demonstra claramente o seu
profundo amor pelas almas e o desejo de ganhá-las para Cristo. Vejamos:
4.1 Paulo não se envergonhava do Evangelho de Cristo. Após a sua conversão, ele tornou-se um autêntico pregador do
evangelho. Seu maior desejo era levar as boas novas de salvação à toda
criatura. Por isso, jamais se envergonhou do evangelho (Rm 1.16); e, onde
chegava, procurava sempre uma ocasião para falar de Cristo, quer seja nas
sinagogas (At 13.5; 14.1); nas casas (At 20.20); no templo (At 5.42); e, de
cidade em cidade (At 14.6,7; 15.35). Nem mesmo a prisão era impedimento para ele
pregar (Fp 1.12,13; II Tm 2.9).
4.2 Paulo sentia-se um devedor. O desejo de pregar o Evangelho era tão grande na vida de
Paulo, que ele chegava a ter um sentimento de dívida para com os homens. Ele
diz: “Eu sou devedor, tanto a
gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes” (Rm 1.14). Este “sentimento de dívida”, não era restrito
apenas aos que estavam perto, mas também, para com aqueles que estavam mais
distantes. Por isso, colocou-se à disposição de Cristo para pregar o evangelho;
realizou três viagens missionárias (At 13.1-14.28; 15.36-18.22; 18.23-20.38);
e, ficou conhecido como o apóstolo dos gentios (Rm 11.13; I Tm 2.7).
4.3 Paulo sentia-se na obrigação de pregar o evangelho.
Para o apóstolo Paulo, pregar o
Evangelho, não era uma tarefa qualquer. Era uma obrigação! Por isso, ele diz: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que
me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o
evangelho!” (I Co 9.16). Pelo menos duas lições,
Paulo nos ensina neste texto: 1ª) Ninguém deve gloriar-se por pregar o
Evangelho, pois é nosso dever. É nossa responsabilidade! 2ª) Pregar o Evangelho
é uma obrigação: A Grande Comissão não é um pedido. É uma ordem! (Mt 28.18-20;
Mc 16.15).
4.4 Paulo estava disposto a sofrer por amor a Cristo e
ao evangelho. Quando Paulo se despediu dos
presbíteros de Éfeso, disse: “Mas
em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a
minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho
do evangelho da graça de Deus” (At
20.24). Em outra ocasião, um profeta por nome Ágabo, tomou a sua
cinta, ligando os seus próprios pés e mãos, e profetizou que Paulo seria preso,
ele respondeu: “...eu estou pronto não só a
ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus” (At 21.11-13).
V – A ESPERANÇA DE PAULO EM MEIO ÀS ADVERSIDADES
Paulo enfrentou diversos tipos de aflições e adversidades,
tais como: insulto (At 13.45); apedrejamento (At 14.19,20); açoites e prisões
(At 16.22,23); naufrágio, fome, sede, frio e nudez (II Co 4.8-9; 11.16-33).
Mas, sempre demonstrou em suas epístolas o seu regozijo em meio ao sofrimento
(II Co 1.5; 4.8,9; 7.4; Fp 1.4,18; 2.2,17; 3.1; 4.1,4,10; Cl 1.24). Na epístola
aos Filipenses, ele externa também a sua esperança, como veremos a seguir:
5.1 “Segundo
a minha intensa expectação e esperança (...) Cristo será, tanto agora como
sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Fp 1.20). Paulo
tinha convicção que, quer vivesse, quer morresse, Cristo seria glorificado por
meio dele. Isto porque, caso ele vivesse por mais tempo, poderia continuar
pregando; mas, caso fosse condenado e morto, estaria com o Senhor (Fp 1.23), e
a mensagem do evangelho continuaria sendo pregada por outros cristãos.
5.2 “Porque
para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1.21). O
verdadeiro crente, estando no centro da vontade de Deus, não precisa ter medo
da morte, porque sabe que a morte é o fim de sua missão terrestre e o início de
uma vida mais gloriosa com Cristo (I Co 15.53-57; II Co 4.17; II Co 5.1-5; I Ts
4.13-18). Por isso, ele diz: “Mas
de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo,
porque isto é ainda muito melhor” (Fp
1.23). Nas suas cartas, o apóstolo Paulo ainda faz menção a esperança da
ressurreição (I Ts 4.13); da salvação (I Ts 5.8); da volta de Cristo (Tt 2.13);
da vida eterna (Tt 1.2; 3.7) e das bênçãos celestiais (Cl 1.5).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, esperança é uma das virtudes cristãs na
qual o crente é motivado a crer no impossível. E, o apóstolo Paulo demonstra
sua esperança, mesmo em meio a adversidade. Sua prisão em Roma, por exemplo,
serviu de benefício para o evangelho, pois, muitos cristãos passaram a pregar
com mais ousadia, embora que outros pregassem por rivalidade e inveja. Mas, o
apóstolo Paulo descreve as corretas motivações para anunciar o evangelho;
mostra-se como exemplo para nós de um autêntico ganhador de almas; e, acima de
tudo, revela que ele tinha esperança que, estando vivo, continuaria pregando;
mas, caso viesse a morrer, o evangelho continuaria sendo anunciado por outros
irmãos.
REFERÊNCIAS
· Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
· CABRAL, Elienai. Filipenses,
a humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. CPAD.
· CHAMPLIN, R. N. Dicionário
de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
· STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
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