terça-feira, 25 de junho de 2013

LIÇÃO 13 – EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR - 2º TRIMESTRE 2013 (Js 24.14-18,22,24)



Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 13 – EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR - 2º TRIMESTRE 2013
(Js 24.14-18,22,24)

INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre vimos que a única configuração familiar reconhecida por Deus é a que é formada homem e mulher com o propósito de procriação. Aprendemos que a família é uma instituição criada por Deus antes mesmo de fundar a Igreja, pois o Senhor criou o casamento e, como decorrência deste, instituiu a família, pois quando o
Senhor criou o homem e a mulher, já a tinha em mente (Gn 2.24). Essas instituições especiais (Família e Igreja), fruto da mente do Criador, têm sido terrivelmente atacadas pelas forças do mal. Analisaremos nesta lição, alguns exemplos de famílias que escolheram servir ao Senhor e veremos quais os resultados desta feliz escolha.

I – EXEMPLOS BÍBLICOS DE FAMÍLIAS QUE SERVIRAM AO SENHOR
A decisão de servir a Deus fielmente com a família obedecendo os preceitos de sua Palavra deve ser uma atitude mais firme possível. É necessário que uma série de atitudes sejam tomadas para que esse objetivo de servir ao senhor fielmente seja alcançado. É uma decisão que precisa haver firmeza de fé e de caráter nos membros da família, a começar dos pais que devem ser referencial para eles. Vejamos alguns modelos de famílias que serviram ao Senhor:
1.1 O exemplo de Noé. Noé tinha qualidades importantíssimas para um servo de Deus: era “varão justo” e “reto em suas gerações” (Gn 7.1). Além disso, ele tinha a “graça de Deus” (Gn 6.8). Com esses predicados, ele tinha o privilégio de “andar com Deus” (Gn 6.9). Um exemplo significante para os pais de família de hoje, que vivem num mundo cujas características morais são semelhantes às da época de Noé (Gn 6.11,12). Não obstante “todo mundo se corromper”, Noé soube dar exemplo à sua família, transmitindo-lhes os ensinamentos de Deus que os havia de livrar da destruição pelo Dilúvio (Gn 6.17). Serviu ao Senhor com sua casa, foi salvo e viu sua família escapar da destruição (Gn 6.18).
1.2 O exemplo de Abraão, Isaque e Jacó. Deus também sempre quis manifestar-se como o Deus da família. Ele se apresentou por diversas vezes como o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. A Isaque ele dizia ser o Deus de Abraão, seu pai (Gn 26.24). A Jacó, dizia ser o Deus de seu pai Isaque e de seu avô Abraão, num convite para que o descendente andasse nos caminhos de sua família, sempre levando em conta o relacionamento. “Disse mais Jacó: Deus de meu pai Abraão, e Deus de meu pai Isaque...” (Gn 32.9).
1.3 O exemplo de Cornélio. Temos também o grande exemplo de Cornélio que era um pai e líder que junto com toda sua família ouviu a ministração da Palavra de Deus pelo apóstolo Pedro em sua casa, e que conduzia seus familiares sob as orientações das Escrituras. “E HAVIA em Cesaréia um homem por nome Cornélio... piedoso e temente a Deus, COM TODA A SUA CASA... e de contínuo orava a Deus... homem justo e temente a Deus, e que tem BOM TESTEMUNHO de toda a nação dos judeus... Então, chamando-os para dentro, OS RECEBEU EM CASA. ” (At 10.1,22,23).
1.4 O carcereiro de Filipos. Ele experimentou grande impacto na sua família em meio ao que parecia o fim para sua vida, quando pensou em suicidar-se, pôde ouvir a mensagem do evangelho poderoso de Jesus Cristo, através de Paulo e Silas na prisão daquela cidade. Abrindo as portas do cárcere, abaladas as estruturas do terrível edifício, o homem fez a pergunta que todos deveriam fazer: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30-31).
“E, levando-os à SUA CASA, lhes pôs a mesa; e, NA SUA CRENÇA EM DEUS, alegrou-se COM TODA A SUA CASA” (At 16.34).
1.5 O exemplo de Eunice. Uma mulher que soube educar sua família nos caminhos do Senhor Jesus Cristo. Paulo elogia a fé de Timóteo, transmitida principalmente por sua avó Lóide e por sua mãe Eunice (2Tm 1.5). Pode-se perceber, no texto, que a educação de Timóteo não era simplesmente intelectual. Sua mãe, Eunice, herdara a formação moral e espiritual de sua avó. Timóteo teve uma educação segura, fundamentada nos ensinos da Palavra de Deus. Exemplo edificante de uma família que cresceu vendo o ensino e o exemplo na liderança do seu lar. A educação de Timóteo foi destacada por Paulo em (2Tm 3.14-17).

II - SERVINDO A DEUS COM NOSSA FAMÍLIA
Deus deseja que, em cada lar, haja um ambiente espiritual que honre e glorifique o  Seu Nome. Há diferença entre uma família que serve a Deus daquela que não serve. Diferença entre uma família que teme a Deus e anda nos seus caminhos daquela que não teme e não anda nos seus caminhos. Portanto, vale a pena servir a Deus, cumprir seus mandamentos e ser honesto nos dias atuais. Vejamos:
A Família que serve a Deus passa a pertencer a ele. Deus disse que a família que temesse-o e decidisse servilo, Ele mesmo a tomaria por possessão particular, pois, seria considerada família de Deus (Ml 3.14-17);
A família que serve a Deus passa a viver feliz. O Senhor prometeu que todos aqueles que decidissem servi-lo, temê-lo e respeitar o Seu nome, experimentariam “o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas” (Ml 4.2) e
saltariam de alegria e felicidade, assim como os “bezerros na estrebaria” que saltam de alegria e felicidade por terem sido amamentados e cuidados pela sua mãe;
A família que serve a Deus será salva. O profeta Malaquias anuncia que Deus tem um dia reservado para o grande julgamento final e esse dia “vem ardendo como fornalha e todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão queimados e não ficará nem raiz nem ramo” (Ml 4.1). Mas para aqueles que temem ao Senhor e o servem, para aqueles que já entregaram a sua vida nas mãos do Senhor e do Seu Filho Jesus, esses “não entrarão em julgamento, mas já passaram da morte para a vida” (Jo 5.24).

III - A FAMÍLIA QUE SERVE AO SENHOR E AMA SUA PALAVRA
A Palavra do Senhor nos apresenta dois casos bastante curiosos de duas famílias que deram diferentes valores para a Arca do Senhor. Deus deseja que, em cada lar, haja um ambiente espiritual que honre e glorifique o Seu Nome. Vejamos:
A família de Abinadabe. A Bíblia nos mostra que a família de Abinadabe não foi abençoada durante os 20 anos em que a arca permaneceu em sua casa. Então vieram os homens de Quiriate-Jearim, e levaram a arca do SENHOR, e a trouxeram à casa de Abinadabe... E sucedeu que, desde aquele dia, A ARCA FICOU em Quiriate-Jearim, e tantos dias se PASSARAM QUE ATÉ CHEGARAM VINTE ANOS...” (1Sm 7.1-2; 2Sm 1-
4; 1Cr 13.1-7). Porque a família de Abinadabe não deu importância à presença de Deus em sua casa; não deu importância ao seu conteúdo, sua origem, seus significados e seus efeitos. É como se nos dias de hoje, tivesse perdido o sentido o culto da família, a participação nos estudos na EBD, o envolvimento com os grupos de
evangelismo, a comunhão entre irmãos, a Mesa da Ceia do Senhor; A família de Obede-Edom. A Bíblia também nos apresenta a casa de Obede-Edom, que ao contrário da casa de Abinadabe foi muito abençoada durante os três meses em que a Arca permaneceu em sua casa. “Por isso Davi não trouxe a arca a si, à cidade de Davi; porém a fez levar à casa de Obede-Edom, o giteu. Assim ficou a arca de Deus com a família de Obede-Edom, três meses em sua casa; e o Senhor ABENÇOOU A CASA de Obede- Edom, e tudo quanto tinha” (I Cr 13.13-14). Passaram-se três meses e chegou uma boa notícia aos ouvidos de Davi: “Abençoou o Senhor a casa de Obede-Edom, e tudo quanto tem, por AMOR da arca de Deus…”
(II Sm 6.11-12).
IV – JOSUÉ E SUA FAMÍLIA COMO EXEMPLOS
Nossa família é o maior patrimônio que possuímos. Bens, diplomas e sucesso profissional perdem o significado sem a felicidade de sua família. Na verdade, nenhum SUCESSO compensa o FRACASSO na família. Não podemos construir nossa felicidade sobre os escombros da nossa família. Josué introduziu o povo de Israel na terra da promessa, deu testemunho diante de toda a nação que “ele e sua CASA serviriam ao Senhor” (Js 24.15). Nenhuma conquista pessoal de Josué diminuiu seu propósito de consagrar sua família a Deus. Muitas lições podemos extrair da vida de Josué, dentre elas:
Josué relembra ao povo a fidelidade de Deus (Js 24.3-13). Josué traz à memória do povo, um breve relato da história de Israel, desde a chamada de Abraão até a conquista de Canaã, com o intuito de demonstrar a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Isto nos ensina sobre o dever que temos de transmitirmos às gerações futuras os feitos do Senhor e Sua fidelidade para com o seu povo (Dt 32.7; Jz 6.13);
Josué convoca o povo a temer e a servir ao Senhor (Js 24.14). Depois de ouvir o relato da história de Israel, o povo foi conclamado a lançar fora os ídolos e servir única e exclusivamente a Deus; 
Josué leva o povo a tomar uma decisão (Js 24.15). Josué leva o povo a fazer uma escolha: se serviriam ao Senhor ou aos ídolos. Isto nos ensina que cada israelita tinha a liberdade de escolher a quem servir e adorar;
Josué apresenta-se como exemplo. “...porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). A despeito da decisão dos israelitas, Josué e sua família estavam determinados a servirem a Deus. Dessa forma, ele apresenta-se como exemplo e modelo para todo o povo;
Josué fez concerto com o povo “Assim, fez Josué concerto, naquele dia, com o povo e lho pôs por estatuto e direito em Siquém” (Js 24.25). A renovação do concerto entre o Senhor e Israel importou num duplo compromisso: 1) Deus prometeu cuidar do seu povo; e 2) Os israelitas comprometeram-se a servir unicamente ao Senhor Deus. Foi um pacto permanente e mútuo entre Deus e Israel.

CONCLUSÃO
Família, é o elo mais importante de uma sociedade. É nela aonde se desenvolve o caráter, a formação primária de educação, a conduta social de um indivíduo. A família é literalmente uma oficina, aonde forja o caráter das pessoas. A Bíblia nos desafia a uma vida de fé intensa em família. Que possamos, então dizer como Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
RENOVATO, A Família Cristã e os ataques do inimigo. CPAD.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

LIÇÃO 12 – A FAMÍLIA E A IGREJA

LIÇÃO 12 – A FAMÍLIA E A IGREJA

INTRODUÇÃO
Tanto a família como a Igreja são instituições criadas por Deus, para fins específicos. A família tem como objetivo promover o bem estar, alegria, proteção e provisão, tanto para os cônjuges, como também para os filhos (Sl 128). Já a Igreja foi instituída para promover meios de adoração, pregação, ensino e comunhão cristã (At 2.42-47). Logo, uma depende da outra. O desejo de Deus é que o lar seja uma extensão da igreja, e a igreja, uma extensão do lar. Nesta lição, veremos as definições de família e Igreja e o paralelismo entre ambas; como a igreja coopera com a família; e como a família coopera com a igreja.
I - DEFINIÇÕES
1.1 Igreja. A palavra grega para Igreja é "ekklesia", que significa "uma assembleia de chamados para fora". O termo aplica-se a: todo o corpo de cristãos em uma cidade (At 11.22; 13.1); uma congregação (1Co 14.19,35; Rm 16.5); e a todo o corpo de crentes na terra (Mt 16.18; I Co 10.32; Ef 5.25,27,29,32; Cl 1.18,24). Geralmente, quando escrita com letra maiúscula (Igreja) refere-se ao corpo de Cristo; e, quando escrita com letra minúscula (igreja), refere-se a uma congregação ou a igreja local.
1.2 Família. No hebraico, o termo para família é mishpa, que significa literalmente “família”, “parentes” ou “clã” (Nm 11.10). No grego, o termo é oikos e significa “habitação”, “casa” (I Tm 5.4). Biblicamente, podemos dizer que família é o sistema social básico instituído por Deus no Éden, para a constituição da sociedade e perpetuação da raça humana (Gn 2.18-24).
1.3 Paralelismo entre Família e Igreja. A Bíblia nos mostra os paralelismos que existem entre estas duas instituições criadas por Deus, eis alguns: a Igreja é chamada de família de Deus (Ef 2.19); seus membros são chamados de irmãos (Rm 1.13; I Co 1.10; II Co 1.8; Gl 1.11; Ef 6.10; Fp 1.12; Cl 1.2; I Ts 1.4; II Ts 1.3); do ponto de vista espiritual, temos um só Pai (Rm 1.7; Ef 4.6; I Ts 3.13).

II – A IGREJA COOPERANDO COM A FAMÍLIA
A igreja coopera eficazmente com as família através da intercessão, visitas, aconselhamento e, principalmente, através do ensino das Sagradas Escrituras, tornando o lar um lugar alicerçado na Palavra de Deus. Vejamos.
2.1 Através da intercessão. Uma das principais atribuições da Igreja é interceder, ou seja, “orar em favor de outros e colocar-se diante de Deus no lugar de outra pessoa”. A Palavra de Deus nos exorta a “orar uns pelos outros” (Tg 5.16; Hb 13.18,19) e que devemos “fazer orações em favor de todos os homens” (1Tm 2.1-3). O apóstolo Paulo, por exemplo, não apenas orava pelas igrejas (Ef 1.16-18; 3.14-19) como também rogava as orações dos santos (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2). Encontramos na Bíblia alguns exemplos de orações e intercessões pela família, como Isaque, que pediu a Deus que abrisse a madre de sua esposa Rebeca (Gn 25.21); Jó, que continuamente, orava por seus filhos (Jó 1.5); a Igreja Primitiva, que orou pela libertação de Pedro (At 12.5), dentre outras. Nos cultos de oração e círculos de oração de nossa igreja é comum fazer orações específicas pelas famílias, e muitos servos de Deus testemunham dos feitos do Senhor Jesus nos lares, salvando, curando, batizando com o Espírito Santo, libertando os oprimidos do diabo, abrindo portas de emprego e muitas outras maravilhas.
2.2 Através de visitas e aconselhamentos. Durante o seu ministério, o Senhor Jesus visitou diversas famílias, como a família de Jairo (Mt 9.18-26; Mc 5.21-43; Lc 8.40-56); de Zaqueu (Lc 19.1-10); de Mateus (Mt 9.9-13; Mc 2.14-17; Lc 5.27-32); de Marta e Maria (Jo 11.1-45); e outras. Semelhantemente, a Igreja Primitiva também realiza visita aos lares (At 5.42; 20.20; 10.24-48). O apóstolo Paulo, por exemplo, em suas viagens missionárias, costumava visitar os irmãos onde ele havia anunciado a Palavra de Deus (At 14.21,22; 15.36). A Igreja Evangélica Assembleia de Deus, seguindo o modelo bíblico, realiza também visita aos lares, principalmente, através das Campanhas Evangelizadoras e visitas ministeriais, onde muitas famílias são edificadas e muitos lares são restaurados. Além disso, a IEADPE dispõe de um departamento específico para as famílias, onde encontram-se obreiros e esposas devidamente capacitados para realizarem aconselhamentos pré-nupciais, conjugais e familiares.
2.3 Através do ensino da Palavra de Deus. A Bíblia é o Manual da Família! Nela encontramos os mandamentos e ordenanças para os pais, cônjuges e filhos. Por isso, quando a Igreja ensina as Sagradas Escrituras, as famílias são edificadas e fortalecidas.
Vejamos:
Os esposos aprendem a: amar a esposa (Ef 5.25-30; Cl 3.19); governar bem a sua casa (1Tm 3.4,12); trabalhar para prover o sustento familiar (Gn 3.19; 1Ts 4.11,12; 1Tm 5.8); e ser o sacerdote do lar (Gn 18.19; Jó 1.5);
As esposas aprendem a: ser submissa ao marido (Ef 5.22-24; Cl 3.18); atender as necessidades do lar, tais como: alimentação, vestuário e serviços domésticos (Pv 31.21-22; Tt 2.5); quando necessário, ajudar nas despesas financeiras (Pv 31.16-18,24); e ensinar as mulheres mais novas a desempenharem seu papel de esposa e mãe (Tt 2.3-5);
Os pais aprendem a: educar os filhos com disciplina, conforme o modelo bíblico (Pv 13.24; 19.18; 22.6,15; 23.13,14; 29.15,17); ensinar, desde cedo aos filhos a temerem e amarem ao Senhor (Dt 6.1-9); conduzi-los a Deus (Jó 1.5; Js 24.15; At 16.30-34; Ef 6.4); e ser exemplo para os filhos (Pv 22.6);
Os filhos aprendem a: ser obedientes aos pais (Ef 6.1; Cl 3.20); honrá-los (Êx 20.12; Dt 5. 16; 27.15); e ajudá-los nos afazeres domésticos (Gn 29.9; Êx 2.16; I Sm 17.15).
III – A FAMÍLIA COOPERANDO COM A IGREJA
A Igreja é composta por famílias. Por isso, é possível existir família sem igreja, ainda que de forma precária; mas, é impossível existir igreja sem família. Logo, a adoração, contribuição e serviço prestado a Deus na Igreja, são realizados através dos membros da família. Vejamos:
3.1 Através da adoração no culto cristão. Adorar Significa “prostrar-se”, “curvar-se”, “se por de joelhos”. O termo deriva-se do grego “Phroskyneõ” e significa “um ato de rendição, reverência, dedicação ao Senhor” (Sl 95.6; II Cr 29.30; Hb 12.28-29).
De acordo com Aurélio, culto é “uma adoração ou homenagem à divindade em qualquer de suas formas e em qualquer religião”. O Culto Cristão é caracterizado pela reverência, temor e adoração ao Senhor (I Co 14.26). Ele pode ser coletivo e individual. Analisemos:
Culto Coletivo. É o momento em que a igreja local separa para adorar, homenagear e celebrar ao Único e Verdadeiro Deus. A igreja primitiva, por exemplo, costumava se reunir para adorar e cultuar a Deus (At 2.1,46,47; 13.1-4).
Culto Individual. Além de oferecermos a Deus o culto coletivo, precisamos também cultuar também de forma individual, ou seja, apresentar a nossa adoração pessoal, como ensinou o apóstolo Paulo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vossoculto racional” (Rm 12.1).
É no culto cristão que as famílias se reúnem para louvar e adorar a Deus. Crianças, adolescentes, jovens e adultos, de diversas famílias distintas, adoram a Deus coletiva e individualmente, glorificando e rendendo graças ao Senhor.
3.2 Através da contribuição. A obra de Deus é mantida pelas contribuições que são oferecidas a Deus pelas famílias. É através dos dízimos e ofertas que cada membro da família expressa gratidão ao Criador; pois, devemos dar ao Senhor parte daquilo
que dEle recebemos (Êx 23.15; II Co 9.7). Vejamos, então o que são dízimos e ofertas:
Dízimos. São ofertas entregues voluntariamente à obra de Deus, constituindo-se da décima parte da renda do adorador (Ml 3.10). Dizimar é um ato de amor e adoração que devotamos àquEle que tudo nos concede (Gn 28.22; Dt 14.22; I Sm 8.15,17);
Ofertas. São doações voluntárias, apresentadas a Deus em agradecimento pelos imerecidos favores dEle recebidos (Êx 35.29; 36.3; Lv 7.16; 22.18).
A contribuição serve para manter a igreja, suprir as necessidades de seus membros, dentro do possível, e promover o reino de Deus (I Co 9.14; II Co 8.14; 9.12; Gl 2.10; Fp 4.15-18). De acordo com as Escrituras, quando contribuímos, acumulamos tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35). Mas, a contribuição deve ser proporcional ao que ganhamos (I Co 16.2); e deve ser realizada de forma voluntária e com alegria (II Co 9.7).
3.3 Através do serviço. De acordo com o Dicionário Teológico do Pr. Claudionor de Andrade, Serviço Cristão “é a atuação consciente do discípulo de Cristo, visando a expansão do Reino dos Céus e a glória do nome de Deus”. O serviço cristão tem, pelo menos, três objetivos:
Glorificar a Deus. Todo serviço cristão deve ter como principal objetivo, glorificar a Deus (Rm 11.36; 1 Pe 4.11);
Edificar a Igreja. Todo serviço cristão deve ter o objetivo de promover a edificação do corpo de Cristo. Diversos textos das Escrituras nos ensinam este princípio (Rm 14.19; 15.2; 1 Co 14.12,26; Ef. 4.16);
Servir ao próximo. O serviço cristão sempre será um serviço ao próximo, atendendo suas necessidades físicas, emocionais, espirituais e sociais (Mt. 20.28,29; At. 2.42-47;Tg 2.14-17). É na igreja que as famílias se reúnem para realizar o serviço cristão, quer seja na evangelização e ensino da Palavra de Deus (Mt 28.18-20; Mc 16.15; At 1.8); na assistência social (At 2.43-46; 4.34-37; 6.1-6; Rm 15.25-27; I Co 16.1-4; II Co 8; 9; Fp 4.18,19); ou na manutenção da comunhão com os santos (At 2.42; I Jo 1.7).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a família e a Igreja são instituições divinas. A família tem como objetivo promover o bem estar para os cônjuges e filhos (Sl 128), e a Igreja tem como missão promover adoração, pregação e serviço cristão. Dessa maneira, a Igreja coopera com a família, intercedendo, aconselhando, visitando e ensinando a Palavra de Deus; e, consequentemente, a família coopera com a igreja, através da adoração, contribuição e do serviço cristão.
REFERÊNCIAS
• ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã e os ataques do
inimigo. CPAD.
• OLSON, N. Laurence. O Lar Ideal. CPAD.
SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM RECIFE/PE

3º trimestre de 2013, estudaremos Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a igreja.


Revista Escola Dominical | Lições Bíblicas - Jovens e Adultos 
O currículo de Escola Dominical CPAD é um aprendizado que acompanha toda a família. A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus. Neste 3º trimestre de 2013, estudaremos Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a igreja.
Os comentários das lições será feito pelo Pastor Elienal Cabral.
Consultores Doutrinários e Teológicos: Pr. Antonio Gilberto e Pr. Claudionor de Andrade

Sumário
1-    Paulo e a igreja em Filipos
2-    Esperança em meio à adversidade
3-    O comportamento dos salvos em Cristo
4-    Jesus, o modelo ideal de humildade
5-    As virtudes dos salvos em Cristo
6-    A fidelidade dos obreiros do senhor
7-    A atualização dos conselhos Paulinos
8-    A suprema aspiração do crente
9-    Confrontando os inimigos da cruz de Cristo
10-    A alegria do salvo em Cristo
11-    Uma vida cristã equilibrada
12-    A reciprocidade do amor cristão
13-    O sacrifício que agrada a Deus